:: MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA, O FILME
Comentários de Cristiane A. Sato
Comentários de Cristiane A. Sato
![]() | Filmes e assuntos orientais têm sido bem recebidos no mercado cinematográfico ocidental nos últimos anos. A popularidade dos filmes de ação, de terror, de artes marciais, e de atores e diretores asiáticos nos Estados Unidos agora abre espaço para assuntos mais contemporâneos e dramas de época. Em 2003, o sucesso e a boa aceitação de "O Último Samurai" abriu caminho para a produção de MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA. |
Baseado no romance homônimo escrito por Arthur Golden, que virou bestseller internacional nos anos de 1999 e 2000, trata-se da história fictícia de uma menina de 9 anos, Chiyo, filha de pescadores pobres vendida pelos próprios pais à Niita okiya (casa de gueixas), uma tradicional casa em Tóquio em 1929. A princípio, Chiyo seria educada com outra menina, Kabocha ("abóbora", no filme chamada de "Pumpkin"), para tornarem-se gueixas, mas após uma tentativa frustrada de fuga da casa de gueixas, Chiyo é retirada da escola de gueixas e passa a trabalhar como empregada doméstica da okiya, em troca de mero abrigo e comida. Além de ser tratada com severidade e frieza pela okaasan ("mãe", modo pelo qual a gueixa mais velha administradora da okiya é chamada), Chiyo fica à mercê das intrigas de Hatsumomo, a gueixa mais experiente e popular da okiya. Bela, mas orgulhosa e amarga, Hatsumomo tem como rival sua antiga oneesan ("irmã mais velha", modo pelo qual a gueixa mais experiente é chamada pelas mais jovens), Mameha. Considerada a mais refinada das gueixas do hanamachi ("cidade de flores", palavra que designa a comunidade das gueixas que possuem registro oficial para trabalhar, reconhecidas como verdadeiras gueixas), Mameha é uma geiko ("mulher das artes", gueixa experiente) respeitada e independente por ter conseguido um danna ("patrono", modo pelo qual é chamado um homem que adota uma gueixa como amante exclusiva) rico e poderoso, que deu a ela uma vida luxuosa e livre das dívidas e obrigações que as gueixas que vivem em okiyas possuem, motivo pelo qual Hatsumomo nutre enorme inveja de Mameha.
Sem família, sem ter a quem recorrer ou aonde ir, a pequena Chiyo mal sentia qualquer motivação em continuar viva, para passar o resto de seus dias como escrava doméstica de pessoas que procuravam ignorar sua existência. Um dia, ao parar numa das pontes sobre o rio na cidade, um senhor acompanhado por duas outras gueixas interrompeu seu caminho para conversar um pouco com a desalentada Chiyo, impressionado por seus incomuns olhos azulados. Após comprar uma raspadinha para a menina, o homem chamado de Shachõ ("presidente de empresa", chamado no filme de "Chairman") pelas gueixas se vai. Mesmo sendo criança, Chiyo apaixona-se pelo Presidente (Chairman) com aquele simples encontro casual, e faz desse amor platônico sua razão de viver. Decidida a reencontrá-lo, ela decide fazer o que pudesse para tornar-se uma gueixa como as moças que o acompanhavam.
Sem família, sem ter a quem recorrer ou aonde ir, a pequena Chiyo mal sentia qualquer motivação em continuar viva, para passar o resto de seus dias como escrava doméstica de pessoas que procuravam ignorar sua existência. Um dia, ao parar numa das pontes sobre o rio na cidade, um senhor acompanhado por duas outras gueixas interrompeu seu caminho para conversar um pouco com a desalentada Chiyo, impressionado por seus incomuns olhos azulados. Após comprar uma raspadinha para a menina, o homem chamado de Shachõ ("presidente de empresa", chamado no filme de "Chairman") pelas gueixas se vai. Mesmo sendo criança, Chiyo apaixona-se pelo Presidente (Chairman) com aquele simples encontro casual, e faz desse amor platônico sua razão de viver. Decidida a reencontrá-lo, ela decide fazer o que pudesse para tornar-se uma gueixa como as moças que o acompanhavam.


Superprodução Menosprezada e Críticas
O livro "Memórias de Uma Gueixa" atraiu a atenção de Steven Spielberg, que comprou os direitos para a adaptação para o cinema. Produzido pela Amblin (empresa produtora de Spielberg), o filme MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA teve um orçamento de 85 milhões de dólares e contou com velhos e premiados colaboradores do célebre diretor. A trilha sonora, premiada com o Globo de Ouro, foi composta por John Williams (maestro e diretor da Filarmônica de Boston, premiado com o Oscar pelas trilhas de "Tubarão", "Guerra nas Estrelas", "E.T." e "Indiana Jones"), e teve solos tocados pelo top star do violoncelo clássico, o chinês Yo-Yo Ma. A direção do filme foi entregue a Rob Marshall, premiado com o Oscar pela adpatação para as telas do musical da Broadway "Chicago", edição de Pietro Scaglia e figurinos de Colleen Atwood.
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